DIÁRIO DE VIAGEM
O tempo amanheceu nublado e ventando, mas pelo menos não tão
quente quanto ontem. Saímos em busca do Ofício de Turismo para definir nossa
programação e como conhecer Milão. E isso foi o primeiro estresse – no hotel
nos mandaram à Piazza del Duomo – lá não havia Ofício de Turismo e fomos
mandados à Piazza Cadorna, um pouco mais adiante. Também não era lá e,
finalmente, nos ensinaram que seria na Piazza Cairoli (já está lá há 5
anos!!!) – Milan Visitor Center. E olha que pagamos 4 euros de taxa de turismo
por dia, por pessoa!!! Lá você pode reservar excursões em Milão e nos
arredores, idas ao Outlets (tem vários aqui perto), entre outras coisas.
Optamos por comprar o ticket do “Giro cittá sali e scendi”,
que vem a ser o “Hop on, hop off”. Custa 25 euros, vale por 48 horas e tem três
linhas – uma mais central e outras duas que levam a pontos mais afastados do
centro, com audioguia em 8 línguas. Também compramos o ticket de transporte
público (metro/ônibus/bonde) que custa 4,5 euros por 24 horas (8,25 por 48
horas).
A primeira visita que fizemos foi no Castelo Sforzesco (que
ficava logo ao lado de onde estávamos), um enorme castelo medieval aberto à
visitação. A visita ao prédio / terreno / jardins é grátis, mas se quiser
visitar por dentro (Museu histórico) paga-se uma taxa). O Castelo é enorme e
muito bonito. Fica bem em frente ao Parque Sempione, uma enorme área verde,
muito bem cuidada e com várias atrações como um Aquário, um Estádio e outras.
Pegamos o ônibus e fizemos o tour central completo sem
descer em nenhum lugar, vendo todos os pontos de atração com as devidas
explicações, os distritos comerciais, bairros de vida noturna mais atraente –
Navigli -, as ruas das Grifes etc...
Resolvemos então descer na Igreja de S. Maria dele Grazie,
onde está o famoso quadro “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, na verdade um
afresco na parede do refeitório, que devido à técnica empregada tem um desgaste
muito grande e por isso tem um controle de exposição muito intenso. Não conseguimos
comprar ingresso para vê-lo, pois precisa de muita antecedência. Mas a Igreja
estava fechada – só ia abrir as 15:00 h. Seguimos então para a Piazza del
Duomo.
O Duomo de Milão é tão impressionantemente belo que é difícil até descrevê-lo. Uma construção imensa, imponente, que se destaca em toda a praça. A construção foi iniciada em 1386, mas só foi totalmente terminada em 1813, mais de 400 anos depois! Inicialmente em estilo gótico tardio, de influência francesa, diferente das demais existentes na Itália, ao ser terminada continha elementos neo-góticos e neo-barrocos na sua fachada. Toda em mármore branco-rosado, atualmente passando por um processo de restauração que está devolvendo sua cor (estava muito escura e é possível ver o contraste com a parte ainda não limpa). Toda a parte externa tem inúmeros detalhes de escultura em mármore, com enorme riqueza de detalhes. Por dentro, o que chama atenção são os enormes painéis de vitrais.
Atravessando a praça, entramos na Galeria Vitorio Emanuelle
II, outra edificação imponente e elegante, que abriga lojas de grife. Do outro
lado da Galeria, a Piazza alla Scalla, onde se encontra o Teatro alla Scala, um
dos mais importante do mundo, embora por fora não chame tanto a atenção, com um
prédio grande, porém simples – construído no sec. XVIII em estilo neoclássico.
Em frente, uma estátua em homenagem a Leonardo da Vinci.
Hoje à noite assistimos um Concerto da Filarmônica do
Teatro Scala na Praça do Duomo, com apresentação do pianista chinês Lang Lang. Começou pontualmente as 21:00 h.
A praça cheia, sem tumulto. Foram tocadas duas musicas, a primeira de Rachmaninoff
com o pianista que foi belíssima. A segunda, de Stravinski, foi meio cansativa.
Adoramos. Fomos e voltamos de bonde, na maior tranquilidade pela cidade. Que sorte a nossa!
Milão é uma cidade moderna para os padrões europeus, com
prédios elegantes e sóbrios, bem servida de transporte público, com um rico e
efervescente comércio. Agora o bom mesmo foi ver em várias partes da cidade uma
placa indicando que era uma “zona de free wifi”. Claro que fui conferir – e era
mesmo!!! Primeiro mundo é isso!!! Nem no EUA você encontra isso! Aliás, é muito
mais comum encontrar estabelecimentos com wifi aqui do que nos EUA! Quase todos
que fomos tinha free wifi, restaurantes praticamente todos, ao contrário dos
EUA que raríssimamente tem. Será que é porque eles lidam com mais gente de
diversos países e pensam nisso?
Amanhã temos mais rotas a cumprir para ver melhor a cidade,
andar pelas ruas, entrar em algumas lojas etc...
Que grande sorte a de terem assistido o Lang Lang que se apresentou exatamente no dia em que estavam aí! Fecho de ouro numa cidade fantástica (embora ache que o Duomo tem muito mais fama do que realmente é - por dentro meio triste).
ResponderExcluirEsses bondes antigos são extamente os mesmos que existiam em São Paulo. Nós os erradicamos e eles ainda os usam e funcionam muito bem. Quando aí estivemos os usamos muito. É claro que os modernos são muito melhores mas o que importa é que o sistema funciona.
Abraços,
Mac
É isso mesmoMac. A apresentação do chinês foi espetacular. As musicas da filarmônica, nem tanto. Milão é uma pura cidade de moda, arte e design. Fantástica!
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