13˚ DIA 18 MAI - VOLTERRA

DIÁRIO DE VIAGEM

           Hoje nossa incursão foi em Volterra, uma vila etrusca, situada em um platô elevado, cercada de muralhas, parte delas de origem etrusca, parte medieval.

                Volterra situa-se a Noroeste de Siena e o caminho até lá é um pouco diferente do que andamos nos últimos dias, em uma área mais elevada, de onde se descortina o vale igualmente plantado de vinhedos, oliveiras e trigais, entremeados com áreas de florestas. 

             A estrada bem sinuosa bem florida, agora além de uma florzinha amarela que víamos o tempo todo, há também uma rosa escura espalhada em torno da estrada. Ainda não vimos os famosos girassóis da Toscana, mas em compensação, as rosas estão bombando por aqui, enfeitando praças, ruas e jardins.

                A cidade tem um ar bem mais antigo que as outras, com prédios dos sec. XII e XIII. Achamos também muito organizada para visitação, com vários estacionamentos de fácil acesso; no ofício de turismo nos deram um mapa bem explicativo e alugamos um áudio-guia que ia dando informações sobre os principais pontos, baseado em um mapa, com o circuito a ser percorrido.

               Assim fizemos um percurso visitando a Piazza del Priori, o Palazzo del Priori (a Prefeitura), a Catedral e o Batistério – a catedral em estilo gótico-romanesco contém lindas pinturas nas capelas laterais e um presépio muito antigo, a Porta dell Arco, ou porta etrusca, a Via Matteotti, a principal rua de comércio, a Igreja de S. Michele, a Pinacoteca e finalizando em grande estilo nas ruínas do Teatro Romano. Essas ruínas datam do sec. I A.C. ao sec. I D.C. e só foram descobertas no sec. XIX. É realmente um conjunto impressionante, onde se podem ver as arquibancadas, colunas do palco etc. Por trás do teatro, mais tarde construíram umas termas, com banhos quentes e frios.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ALIMENTAÇÃO NA ITÁLIA  

      Durante nosso jantar ontem ficamos conversando sobre alguns aspectos que observamos quanto à comida por aqui. Não se vê restaurantes que não sejam de comida italiana ou tipicamente regional italiana. Não vimos restaurantes de comida alemã, francesa, portuguesa, espanhola, internacional, chinesa, japonesa ou mesmo de casa de carnes, etc..., pelo menos nas cidades que ficamos desde a nossa chegada na Itália. Estaremos em breve em cidades de maior porte, talvez por lá encontremos uma situação diferente e aí, reportaremos.

  

    Nos restaurantes italianos a comida segue um padrão em todos eles: um antepasto, que pode ser brusqueta, carpaccio, saladas, prato de frios; depois um “primo piato” que engloba as massas, sopas e risotos – não havendo uma grande variedade, principalmente no risoto que sempre há apenas 1-2 tipos, geralmente de funghi ou legumes; e então o “secondo piato” que vem a ser carne, porco, frango ou peixe, quase sempre sem acompanhamento – deve-se pedir a parte o “contorni”, escolhendo entre 4-5 opções muito pobres – batata frita ou doré, espinafre refogado, berinjela frita, salada verde.

       A comida é muito bem preparada, de boa qualidade, e vem muito rapidamente à mesa, mas não há muita variedade. Por outro lado gostamos muito do que comemos, o sabor é ótimo, de tudo. Os preços das massas não são altos; já as carnes têm um preço mais salgado (quase o dobro), e ainda mais precisam ser acrescidas dos acompanhamentos.

      

       As sobremesas também não têm muitas opções – em geral, sorvetes, tiramisu, salada de frutas (poucas frutas). O forte mesmo são os sorvetes que são deliciosos e estão por todo lugar, com aspecto muito atraente.

        Amanhã, deixaremos o nosso carro de lado e dedicaremos o dia todo a Siena. Já contratamos um tour guiado e escolhemos as atrações que vamos ver.

               Hoje à noite, para descansar, vamos jantar em um terraço que existe aqui no hotel, degustando Brunello, Chianti, salami e queijo Pecorino, que tal??? Podem deixar que vamos nos lembrar de vocês o tempo todo!